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 05out 

Duque se diversifica e entra em reposição para motos

 

Cliente novo aqui da casa, a Metalúrgica Duque, de Joinville, participa do Salão Duas Rodas, maior feira brasileira do setor de motocicletas, bicicletas, equipamentos e acessórios. Lá, a empresa anuncia o ingresso no mercado de motopeças, com o lançamento de kits de transmissão. Estivemos na feira, mantendo contatos com jornalistas e distribuindo material de divulgação – foram exatos 100 kits com informações e imagens sobre a companhia. Uns dias antes, intermediamos sugestão de pauta ao jornal Valor Econômico, sobre a estratégia da Duque. Abaixo, a reportagem publicada segunda-feira, 3, assinada pela correspondente do Valor em SC, Júlia Pithan.

Fabricante de peças para bicicletas há mais de 50 anos, a Metalúrgica Duque vai expandir a atuação no setor de duas rodas com a entrada no segmento de peças de reposição para motocicletas. A partir de novembro, a empresa vai colocar no mercado nacional 20 tipos de kits de transmissão – composto por coroa, pinhão e corrente – que cobrem 95% dos modelos de motos comercializados.

As peças serão importadas de fornecedores na China. Para se adaptar à disputa pelo consumidor na prateleira, a Duque investiu na atualização do design da marca, que há mais de 30 anos não passava por revisão, assim como na construção de um centro de distribuição na unidade de Joinville. A empresa não revelou o investimento feito.

De acordo com Alex Marson, gerente de inovação e desenvolvimento de negócios da Duque, a expectativa da empresa é dobrar a participação do segmento de duas rodas – que atende bicicletas e motocicletas – até 2012 no faturamento da empresa. Hoje, mais de 50% das vendas da fabricante estão concentradas no mercado de linha branca. A metalúrgicas atua nesse segmento desde 1966 e fornece, principalmente, grades para fornos e geladeira e trempes para fogão. Em 2010, a Duque obteve uma receita operacional bruta de R$ 128,3 milhões.

A empresa também atua no setor automotivo desde 2002. Segundo Marson, este segmento foi o que mais cresceu no último ano em relação às outras duas divisões de negócio. A Duque fabrica peças para o encosto de cabeça dos bancos e trabalha para estender a linha nesse segmento.

Com a entrada no mercado de motocicletas, a Duque quer atingir um setor que cresceu 18% no primeiro semestre do ano em comparação com 2010, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). “A frota brasileira chega a cerca de 17 milhões de moto e há um índice de reposição de 0,9 peças de transmissão por ano”.

A entrada da empresa em um mercado em expansão compensaria a estagnação do setor de bicicletas. De acordo com levantamento da Abraciclo, a expectativa é que o segmento tenha uma retração de 5% em 2011.

Segundo Marson, é difícil mensurar exatamente o comportamento do setor de bicicletas porque há muita informalidade e as vendas não são medidas com um mecanismo tão confiável como o emplacamento no caso dos automóveis e motos. Para ele, o mercado está estável na última década.

A Duque detém cerca de 75% do mercado nacional de pedivelas, de acordo com Marson. A empresa também fabrica conjuntos de engrenagens simples e triplas para bicicletas sem marchas ou com câmbio de várias marchas.

Depois de acumular prejuízo em 2009, a Duque passa por uma reestruturação e busca por novos mercados. Marson chegou à companhia em outubro do ano passado para auxiliar nesse processo de reestruturação. A presidência permanece nas mãos de Mario Hagemann, filho do fundador, Engelberto Otto Hagemann, e a família detém o controle acionário da companhia.

No primeiro semestre deste ano, a Duque apresentou uma receita de R$ 69,153 milhões, crescimento de 8,6% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro do período também teve incremento: de R$ 507 mil passou a R$ 2,063 milhões no primeiro semestre deste ano.

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