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 14jul 

Tudo pela transparência

 

Não importa o ramo, as empresas produzem informação relevante para os diferentes públicos que as cercam, e que são afetados, de alguma forma, pela atividade corporativa. O desafio reside, portanto, em construir um sistema de comunicação eficaz, que alcance êxito na propagação dos valores que orientam a gestão, atingindo “do mais alto ao mais simples funcionário”, como afirma Francisco Viana, em “De Cara com a Mídia”.

O autor narra o caso de Jack Welch, “que fez da General Electric um modelo de gestão no século 20”. Para tanto, não precisou transformar a empresa na “versão reduzida de um jornal, inundada por boletins, newsletters, revistas, jornais, circuitos internos de televisão, recursos tradicionalmente recomendados e, sem dúvida, eficazes”. Quando comandou a GE, o executivo investiu em conceitos como ausência de fronteiras, ampliação, qualidade, work-out, cultura do aprendizado, simplicidade, rapidez, autoconfiança. As “palavras-chave” estavam “por toda a parte”, mas o trunfo do executivo teria sido a disseminação efetiva dos valores da organização, impressos em singelos cartões de visita que todos os funcionários portavam na carteira. Welch afirmava: “Simplesmente expandimos o alcance da nossa comunicação. Melhoramos a forma de transmitir a nossa mensagem e começamos a bola de neve”.

O pulo do gato, hoje, é apostar na plena transparência dos sistemas de comunicação interna e garantir que informações com potencial para impactar na vida dos trabalhadores sejam anunciadas a estes em primeira mão. Já faz parte do senso comum a premissa de que o funcionário não pode ser “o último a saber” de movimentos corporativos que lhe digam respeito.

O produto dessa transparência no trato da informação é notável. “Públicos internos esclarecidos podem se tornar porta-vozes da empresa e contribuir para multiplicar conceitos verdadeiros referentes às atividades da organização”, defendem Antonio de Souza e Luiz Brandão, em artigo. Na outra ponta, pessoas mal informadas podem disseminar informações equivocadas, “além de ser colaboradores menos conscientes das estratégias globais da empresa e menos capazes de fazer com que seu trabalho contribua para o esforço e o resultado coletivo.”

Guilherme Diefenthaeler, jornalista e professor, autor do livro “Jornalismo Empresarial: Isso é Possível?”, guilherme@mercadodecomunicacao.com.br

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