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05jul

O hóspede decide quanto paga: ASID Brasil é beneficiada por programa da CHA Hotéis

Em programa da rede hoteleira, o cliente decide o preço da diária no check-out e parte do valor será revertido para a ONG ASID Brasil, a fim de auxiliar pessoas com deficiência

 

A Cadeia de Hotéis Associados (CHA), rede de gestão hoteleira que objetiva fortalecer a administração de hotéis independentes e familiares, promove um serviço inovador no segmento hoteleiro, o Programa “Quanto vale o conforto?”. Neste Programa, o hóspede decide o preço da diária no check-out, após avaliar o serviço. Parte do valor arrecadado (5%) beneficia a ONG ASID Brasil (Ação Social para Igualdade das Diferenças).

A ASID oferece uma metodologia de desenvolvimento de gestão para instituições filantrópicas com foco no desenvolvimento da pessoa com deficiência, representadas por escolas e centros de atendimento. Todos os projetos são gratuitos para as instituições beneficiadas, que através dos projetos, acompanhamentos e da Rede ASID, se desenvolvem de maneira contínua. Desde sua fundação, em 2010, a ASID já atendeu cerca de 70 instituições e beneficiou mais de 12 mil pessoas, contando com mais de 1,5 mil voluntários.

“Passamos ao cliente o poder de decidir o quanto valeu a sua hospedagem e esta decisão será no momento do check-out. Ele vai decidir o valor a ser pago pelo pernoite em função da sua concepção de conforto. É também uma forma de valorizar o cliente. O objetivo da parceria com a ASID será melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência (PcD). A instituição beneficiada será definida após o término do programa. A ideia é contemplar ações em Joinville (SC), onde fica a sede da CHA Hotéis”, explica Roseli Capudi, diretora de desenvolvimento e marketing da rede, que conta com onze estabelecimentos hoteleiros espalhados pelo Sul do país e em Minas Gerais.

O diretor de Marketing da ASID Brasil, Luiz Hamilton, falou sobre a importância da parceria. “O Check-out Solidário é uma inovação muito bem pensada pela CHA Hotéis e a ASID, pois gera resultado para todos os envolvidos. O cliente que desfruta do conforto oferecido durante a estadia, a própria CHA Hotéis, que tem o seu cliente satisfeito e ciente de que a rede participa de uma ação de responsabilidade social, e a ASID, que pode aumentar o impacto social gerado em prol das pessoas com deficiência”, afirma Hamilton.

O programa é valido para todos os estabelecimentos da CHA Hotéis, de domingo para segunda-feira (uma diária), no período de inverno, até o dia 22 de setembro. O cliente que chegar na recepção ou que fizer a reserva por e-mail ou telefone, deve informar uma palavra-chave e o meio de comunicação em que conheceu o programa. Para acessar a palavra-chave, é necessário curtir a página da CHA Hotéis no Facebook (www.facebook.com/chahoteis), curtir e compartilhar a postagem sobre o tema e solicitá-la em mensagem privada. O programa não contempla o setor corporativo; o café da manhã é pago à parte.

Sobre a CHA Hotéis

A Cadeia de Hotéis Associados (CHA) é uma rede de gestão hoteleira consolidada no final de 2013. Tem como objetivo fortalecer a operação administrativa de hotéis independentes e familiares. “Viemos para acolher e incentivar a diversidade dos vários meios de hospedagens que não tem como competir de igual para igual com as grandes redes estrangeiras que dominam nosso mercado”, explica o presidente da rede, Geraldo Linzmeyer.

 

Atualmente, a rede é constituída pelo Uberaba Apart Hotel (Uberaba – MG), Pampulha Design Hotel (Belo Horizonte – MG), Hotel Trocadero e Holz Hotel (Joinville – SC), Hotel Piçarras (Balneário Piçarras – SC), Pousada Dom Capudi, (Bombinhas – SC), Hotel Bandeirantes (Balneário Barra do Sul – SC), Hotel Porto de Paz, (São Francisco do Sul – SC), Itapoá Marina Hotel (Itapoá – SC), Pousada Água Marinha (Guaratuba – PR) e Bela Vista Parque Hotel (Caxias do Sul – RS).

Visite o site: www.chahoteis.com.br.

Sobre a ASID Brasil

 

A Ação Social para Igualdade das Diferenças, ASID Brasil, é uma organização sem fins lucrativos que oferece uma metodologia de desenvolvimento de gestão para instituições – escolas e centros de atendimento – com foco no desenvolvimento da pessoa com deficiência. Desde sua fundação, em 2010, a ASID já atendeu cerca de 70 instituições e beneficiou mais de 12 mil pessoas, contando com mais de 1,5 mil voluntários.

Assessoria de Imprensa CHA Hotéis. Mercado de Comunicação. Jornalista responsável: Guilherme Diefenthaeler (reg. prof. 6207/RS). Texto: Marcela Güther

12abr

Sobre intolerância

Texto: Ana Ribas Diefenthaeler

Fonte: A Notícia

Outro dia, estava lidando com um assunto polêmico – mas que eu gosto de abordar, pelo simples fato de que esse tipo de tema mobiliza as pessoas, faz ao menos uma ou duas delas pararem para pensar, quem sabe outras duas se posicionem melhor, ou, pelo menos, se sintam curiosas sobre as abordagens e opiniões. Sim, todo mundo tem uma opinião e boa parte das pessoas adora explicitá-las nas redes sociais.

Intolerância é o tema que me consome, por esses tempos. E não apenas a mim, por dever de ofício, mas também a mim, por dever de ser. Fiquei chocada com as imagens de uma mulher sendo barbaramente humilhada e agredida fisicamente por funcionárias de um supermercado aqui de nossa Joinville. Não apenas pelo ato em si, mas pelo fato de grande parte das pessoas acharem aquilo… normal! Ao que parece, a moça seria um desses seres que se perderam na esteira das pedras. Nos descaminhos do pó. Em nuvens negras de fumaça e desespero. E centenas de juízes sem toga se aliaram às justiceiras, condenando a pobre criatura à fogueira do escárnio público.

Essa louca “sede de justiça” parece entorpecer gente que, até há bem pouco tempo, eu supunha ser pessoas de bem, solidárias e afetivas. E a questão da histeria coletiva que assombra este país é apenas pano de fundo de uma grande doença social. Leio ofensas contra empresas, empresários e artistas, contra setores inteiros, contra inocentes jovens, cujo maior crime foi passear pelas ruas de mãos dadas, usando camiseta do partido com que se identificam.

O mais estranho é que temos sido absolutamente intolerantes com tudo o que nos incomoda. Seja o lado político diverso do meu ou o gênero musical que não aprecio. Somos intolerantes com quem nos pede uma ajuda, na rua, e com quem não consegue se vestir com roupas de grife e acessórios caros. Somos intolerantes com nossos pais e avós, velhinhos de vida, a quem negamos, constantemente, o direito ao convívio e ao amor da família – não temos tempo para eles, que coisa, não? Eles, no entanto, tiveram todo tempo do mundo para nos trazer à vida, amparar nossos passos trôpegos e nos apoiar nas incertezas e desvãos.

Mas não somos intolerantes conosco. Ao contrário, há sempre uma boa desculpa, uma boa explicação, um fechar de olhos estratégico diante do sangue vermelho das feridas que provocamos no outro. Não sou religiosa, não vivo em nenhuma igreja ou culto, não frequento terreiro algum. Mas nesses momentos em que fico indignada com esses ritos sumários de gente ferindo gente, não consigo deixar de me lembrar de que, há pouco mais de dois mil anos, xingamos, agredimos e crucificamos o herói maior do mundo judaico-cristão. Assim como matamos, prendemos e violentamos muitos outros heróis da tolerância e da paz, anônimos atores e atrizes da nossa insanidade.

29mar

O homem nu

Texto: Ana Ribas Diefenthaeler

Fonte: A Notícia

Um sargento do exército foi levar a filha a uma creche, em Brasília, e percebeu que as crianças olhavam para um homem que estava nu, à janela de seu apartamento. O militar, então, após uma breve discussão com o exibido, sacou sua arma e atirou contra o cidadão – que não se feriu. Ao ler a notícia, fiquei refletindo sobre o fato, claro, imaginando que o rapaz peladão fosse apenas mais um desses rebeldes sem causa – ao que constava, ele tinha pouco mais de 20 anos. Mas me entristeci, ao ler os vários comentários de pessoas lamentando que o sargento houvesse errado o tiro e chamando o rapaz de pedófilo, tarado e coisas do tipo. Além da carga imensa de explícito ódio daquelas pessoas, o que mais me incomodou foi o julgamento sumário a que foi submetido o tal nudista.

Penso que lidamos muito mal com nosso próprio corpo e, especialmente, com nossa sexualidade. Honesta e felizmente, nunca tive nenhum contato com alguém diagnosticado oficialmente como portador da doença da pedofilia. Porque, sim, trata-se de uma doença psíquica, identificada e descrita pela Organização Mundial da Saúde. Não saberia dizer se o rapaz nu à janela de sua casa estava ali para se exibir às crianças da creche, se foi morar ali na intenção de estar mais perto das garotinhas e garotinhos, se ele sai à rua à procura de menores de idade para molestar – mas acredito que não, já que a matéria que li não cita qualquer antecedente do rapaz. Quero pensar que ele apenas saíra do banho e chegara à janela.

O mais grave desta situação foi a imensa quantidade de “paladinos da justiça” que se manifestaram de maneira grotesca, para ser sutil. Não faço, evidentemente, a defesa do sujeito peladão – pode ser que ele tenha feito tudo de caso pensado. Mas nossa sociedade hipócrita e doente tem pressa, sempre, de eliminar provas de suas próprias mazelas. Não me surpreenderei se, em função do incidente, o rapaz receber um selo de pedófilo na testa – e passar a ser hostilizado e desrespeitado pela vizinhança.E o que mais me deixa incomodada é a certeza absoluta de que, dentre esses justiceiros tantos – nessa e nas várias polêmicas que habitam as redes sociais –, certamente há muitos, mas muitos homens que ofendem as mulheres nas ruas, ainda que em disfarçados elogios. Há muitos, ainda, que agridem e matam suas esposas e namoradas, que desrespeitam seus próprios filhos. Antes de consertar o mundo, deveríamos olhar um pouco mais para o próprio umbigo – esteja ele exposto ou zelosamente escondido sob as roupas e as cores do preconceito e do ódio.

24mar

CISER Automotive promove campanha de arrecadação de livros

Livros e revistas que você não utiliza mais podem ser fonte de conhecimento para outras pessoas. O Instituto Th. Isolde Odebrecht, em parceria com o Grupo H. Carlos Schneider, promove campanha de arrecadação para doação em escolas e instituições.

 

A CISER Automotive, que tem planta em Sarzedo, apoia e multiplica a ação entre os funcionários.

 

Doações serão recebidas até 28/3, na portaria da empresa.

 


Assessoria de imprensa Ciser. Jornalista responsável: Guilherme Diefenthaeler (RP 6207/RS). Tel. (47) 3025-5999.

21mar

A alma é o sal da vida

Texto: Ana Ribas Diefenthaeler

Fonte: A Notícia

Trabalhamos quase que exclusivamente com valores exatos, matemáticos, cartesianos, concebidos pelo cérebro – ainda que relativizados pela antropologia. Sal da vida, a alma vai além desse valor – transcende. Posso usá-lo na medida e na dose que eu quiser, e isso quem define é minha própria essência. É esse o sal que acolhe a beleza, que se emociona com uma criança, que atropela a rotina para abrir espaço para a música, que comemora a estética. Mas é também o que amarga a dor de uma tragédia, que se veste de luto, que se retorce de indignação diante de males externos e injustiças. É ali que repousam, inabaláveis, o conjunto de valores éticos e as marcas da caminhada vida afora. Ali, ficam registradas as destemperanças e desesperanças não resolvidas. Ali, permanecem os carimbos da existência. Tenha o nome que tiver, na cultura onde estiver inserido, o sal da vida reina absoluto sobre o racionalismo exacerbado. É o contraponto da desumanidade. É o que nos faz gente. Mais que isso: que nos faz entender melhor toda a outra gente que gravita em torno de nós. É o ponto de partida e de convergência da solidariedade.

Mas, acima de tudo, o sal da vida é o melhor tempero para todos os nossos tempos – o tempo de sorrir, o de chorar, o tempo de refletir, o de seguir e o de recuar. O tempo de criticar e o tempo de ouvir. Todos os tempos de apenas um tempo de nós são equilibrados pela dose exata deste mágico sal.

Embora eu esteja aqui fazendo ilações sobre este conceito, devo esclarecer que a ideia não é minha – mas de um grande amigo, que gosta de filosofar um pouquinho, sempre que encontramos dez minutos de sossego entre sua agenda superlotada e seu espírito mais do que generoso.

Há muito não conversávamos – e isso me faz falta, porque sempre aprendo muito com ele. E quando me assaltam, novamente, esses conceitos existenciais, no meio de um burburinho político sem fim, impossível não lembrar do lindo conceito de alma. Mas também de outro sal, o da Terra, magistralmente talhado por Beto Guedes. “Terra, és o mais bonito dos planetas e estão te maltratando por dinheiro”, canta Beto, em um verso que se encerra no conceito de que o planeta é a nossa nave-irmã.

E este mesmo sal que nos impõe vísceras e acolhimento, dores, suores e sangue, que nos deixa mais colorida a verve e cristalina a visão do outro, é que nos inspira a ouvir o que nos pede a alma, apreensiva, neste tempo de destemperos: “Deixa nascer o amor, deixa fluir o amor, deixa crescer o amor, deixa viver o amor – que é este, sim, o sal da Terra”.